Em entrevista coletiva antes de entrar na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta terça-feira (28/9), o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (REDE/AP) afirmou que quer encerrar a CPI com o depoimento do ministro da Saúde Marcelo Queiroga. O senador afirma que quer esclarecimentos com relação à vacinação de adolescentes e que o chefe da saúde divulgue uma programação para vacinação em 2022.
"Queiroga está a um passo de ser indiciado. Ele deveria estar mais interessado em vir aqui do que nós. É a chance de ele não ser indiciado. Para ele não ser indicado, eu pediria o cumprimento de duas condições: garantir que crianças e adolescentes sejam vacinados e que ele dissesse qual a programação da vacinação para o ano que vem", disse Randolfe.
"Quantas vacinas estão adquiridas, quando começará essa vacinação em 2022? Essas são as medidas preliminares de proteção às pessoas. É o mínimo que a gente pode pedir a um ministro do Estado. Sem responder essas perguntas satisfatoriamente, o ministro será indiciado", afirmou.
Randolfe Rodrigues ainda falou sobre o depoimento desta quarta-feira (29/9), do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. O senador ainda comentou a confusão entre o relator Renan Calheiros (MDB/AL) e Jorginho Mello (PL/SC), e afirmou a necessidade dos membros da cúpula da CPI mantenham a serenidade, pois os membros do governo vão tentar tumultuar outras vezes.
Saiba Mais
“O depoimento de amanhã (Hang) terá armadilhas do depoente, dos colegas governistas, para melar no final, atrapalhar no final. Mas temos que ter serenidade para vencer esses obstáculos. Será um depoimento e nós temos que tomar um pouquinho mais de cuidado para não cair em provocações. Tanto Hang, quanto Facuri se encaixam na linha das fake news. As fake news foram utilizadas para matar gente, para agravar a pandemia, esses depoimentos se encaixam nesse contexto”.
O vice-presidente, assim como o relator Renan Calheiros, ainda afirmou que há um ponta solta nas investigações sobre a VTCLog e reforçou a importância do depoimento de Carlos Alberto Sá, sócio-administrador da empresa.
Para Renan, o ministro da Defesa Braga Netto seria outra presença importante. “Nós não temos ainda condições concretas para aprovarmos a convocação do general Braga Netto, que foi coordenador do do comitê de enfrentamento à pandemia e ministro da Casa Civil no advento dessas medidas de tratamento precoce, as questões em Manaus. A presença dele era importante”, afirmou o relator.