Em estratégia para derrotar Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022, o Partido Socialista (PSol), não terá candidato para presidência da república no que vem. A decisão foi comunicada no 7º Congresso Nacional do Psol, que aconteceu no último domingo (26), em um documento chamado Resolução sobre as eleições 2022.
“O PSOL tem como prioridade a derrota da extrema-direita. Lutamos pelo impeachment de Jair Bolsonaro e sua inelegibilidade, mas sabemos que isso depende de fatores que não estão totalmente sob nosso controle. Ainda assim, temos feito nossa parte, lutando pela unidade da oposição no Congresso Nacional, estimulando a luta nas ruas e denunciando permanentemente os crimes de Bolsonaro e seus aliados”, informa em um trecho da resolução.
Para a legenda, a prioridade é a união da esquerda em prol da derrota da extrema-direita. A intenção é se concentrar em fortalecer o partido, tanto em escala federal, como nos estados e municípios pelo Brasil.
Referindo-se ao governo de Bolsonaro como “golpe parlamentar de 2016”, eles querem que a Executiva Nacional do PSOL amplie o diálogo para produzir uma “frente eleitoral das esquerdas com vistas à unidade no plano nacional” e que isso seja uma espécie de efeito dominó, comece pelos cargos federais e chegue aos estados. Além disso, querem a formulação de uma proposta para candidaturas coletivas.
O partido afirma que não desejam mais um “governo de salvação nacional”, mas sim líderes comprometidos com o “serviço da igualdade e da justiça social”. “A prioridade, em nível nacional, deve ser a construção da unidade entre os setores populares para assegurar a derrota da extrema-direita. Esse processo de diálogo deve envolver elementos programáticos, arco de alianças e não pode ser uma via de mão única”, declaram.
No mesmo evento, também foi escolhido o presidente nacional do partido. Juliano Medeiros foi reeleito com 288 votos. Sua atividade principal será “conduzir a atuação do partido na campanha nacional #ForaBolsonaro e prepará-lo para as eleições de 2022”.
Juliano se manifestou por meio das suas redes sociais sobre a escolha. “Reeleito, continuo por mais 2 anos à frente do partido como presidente para lutar pela unidade, pelo impeachment e por uma esquerda combativa!”. No primeiro semestre de 2022, há previsão de um encontro do diretório do Psol para definir de forma mais acertada a “tática eleitoral” que o partido seguirá até as eleições.