O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (24/9) durante discurso no Diálogo de Alto Nível em Energia (High-Level Dialogue on Energy) da ONU que o governo enfrenta com "planejamento, seriedade e transparência" a crise hídrica no país. Bolsonaro disse ainda que "não está de braços cruzados" em relação à energia renovável.
"Apesar da situação privilegiada da nossa matriz energética, não estamos de braços cruzados. Queremos contribuir para o desafio coletivo desse processo de transição. São tarefas enormes que o mundo tem pela frente: aprofundar a descarbonização nos transportes, ampliar a geração de energia para as nossas necessidade de desenvolvimento ou ainda lidar com os desafios climáticos, como, por exemplo, a atual escassez hídrica do Brasil, que estamos enfrentando com planejamento seriedade e transparência", alegou.
O presidente citou ainda que o país mantém o pacto sobre biocombustíveis que visa à redução da intensidade de carbono na matriz de transportes brasileiras em 620 milhões de toneladas de carbono em 10 anos, por meio da implementação dos mecanismos da política nacional de biocombustíveis (RenovaBio) com o objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
“Faço um pedido para você agora: se tem uma luz acesa na sua casa, por favor, apague. Nós estamos vivendo a maior crise hidrológica dos últimos 90 anos. Se você puder apagar uma luz, apague. Se você puder desligar o ar-condicionado, se não puder, passe de 20° para 24° que gasta menos energia”, justificou.
Escadas
O presidente deu exemplos do que ele próprio tem feito para economizar. “Aqui, além de apagar as luzes, também desliguei o aquecedor da piscina Eu estou com 66 anos e tenho uns problemas de fraturas e outros problemas de saúde que vão aparecendo. Geralmente, eu pego elevador para subir porque aqui são três andares. Quando tem que descer, mesmo se o elevador está aberto aqui na frente, eu desço pela escada. Se puder fazer a mesma coisa no seu prédio, ajude a gente. Quanto menos mexer no elevador, mais economia de energia nós temos”.
Ele também sugeriu que o brasileiro continue tomando banho, mas no frio. “Tomar banho é bom, mas se puder tomar frio é muito mais saudável, ajude o Brasil”, ressaltou na data.