Durante o depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, nesta quinta-feira (23/9), do diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) — relator da comissão — e Jorginho Mello (PL-SC) se estranharam. A confusão começou depois de Renan dizer que o governo federal é corrupto. Os senadores precisaram ser contidos pelos colegas.
Depois de mais uma pergunta que Trento se recusou a responder, por ter conseguido um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), Renan afirmou que o governo era corrupto e que o presidente da República escolheu “essa gente” para negociar vacinas, preterindo Pfizer e AstraZeneca. Jorginho Mello interrompeu o relator dizendo que ele não tinha envergadura para criticar Jair Bolsonaro.
O relator afirmou que não aceitava ser interrompido e Jorginho iniciou as ofensas, ao mandar Renan ir para “os quintos”. Calheiros respondeu: “Vá o senhor, o seu presidente e o (empresário bolsonarista) Luciano Hang”. O senador do PL disse, então, para Renan lavar a boca antes de falar da dupla. A partir daí, começou uma intensa troca de ofensas. Renan foi chamado de bandido e Mello de vagabundo.
A confusão não ficou só no bate boca e ambos se levantaram. Renan partiu para cima do governista, mas foi contido pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Após a confusão, o presidente da Omar Aziz (PSD-AM), e os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Simone Tebet (MDB-MS) trataram de apaziguar a situação ao lembrar o motivo da reunião e sobre o decoro parlamentar.