O depoimento do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, nesta quarta-feira (22/9), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, teve início com a tentativa de desconstruir as acusações levantadas em dossiê publicado pela GloboNews contra a operadora de saúde. Pedro Batista detalhou algumas ações realizadas pela empresa no combate à pandemia e disse que as informações divulgadas na reportagem foram “manipuladas” por um casal de médicos já desligados da equipe da Prevent.
Segundo ele, os profissionais "manipularam dados de uma planilha interna" para "tentar comprometer a operadora". Depois de serem demitidos passaram a "acessar e editar" o arquivo que continha informações sigilosas dos pacientes e da empresa. Por fim, chamou o dossiê de "peça de horror produzida a partir de dados furtados de pacientes, sem nenhum autorização".
O diretor-executivo insistiu no argumento de que a reportagem não contextualizou o período do estudo e que isso deu a impressão de que a Prevent havia omitidos dados. “Faz acompanhamento médico de 636 pacientes, do dia 26/3 a 4/4, quando o documento foi escrito. Havia ocorrido apenas duas mortes e o jornal colocou fora de contexto, incluindo pacientes que não tinham sido colocados, porque estava fora do tempo final. Portanto, não houve omissão”, disse.
Para reforçar a tese, ele informou, ainda, que uma das pacientes citada na reportagem, que supostamente teria morrido, estava viva e retornou para consulta no mês de setembro na Prevent.
O depoente se refere ao compilado de informações que foi encaminhado à CPI pelo senador Humberto Costa (PT-PE). A denúncia é de que a Prevent Sênior estaria realizando um estudo, sem autorização dos pacientes, com um tratamento precoce que utilizaria cloroquina, ivermectina e azitromicina — medicamentos comprovadamente sem eficácia científica. Isso teria ocasionado nove mortes, mas apenas duas foram informadas oficialmente.
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