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Bolsonaro pretende rejeitar quarentena eleitoral para policiais e militares

Presidente pretende rejeitar proposta que impõe quatro anos de afastamento a policiais e outros antes de concorrerem à eleição

O presidente Jair Bolsonaro prometeu rejeitar a proposta que estabelece um período de quarentena para que policiais, integrantes das Forças Armadas, guardas municipais, juízes e procuradores possam concorrer em eleições.

A norma foi incluída no projeto de lei que institui um novo código eleitoral durante a votação no plenário da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira, de sugestões de mudanças ao texto-base do PL. Segundo a proposta, essas categorias teriam de se afastar dos cargos quatro anos antes das eleições para poder disputar o pleito. O texto ainda será votado pelo Senado. Se aprovado, Bolsonaro disse que vetará.

Ao reclamar da quarentena, Bolsonaro citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O cara sai da cadeia e já pode vir candidato a Presidente da República. E você, militar da ativa, não pode ser candidato a vereador. Isso não tem cabimento”, reclamou, durante a live transmitida nas redes sociais.

“É um absurdo isso aqui. Espero que o Senado não aprove. Querem alijar militares de maneira geral da política? Não tem cabimento. Obviamente, se passar no Senado, acho que não passa, a gente veta. E a última palavra volta para o Congresso Nacional, se derruba ou mantém o veto. Não tem cabimento”, acrescentou.

O presidente ainda classificou a medida como “retrocesso” e “perseguição com as classes militares”. “Será que é para mim? Só de policiais militares e bombeiros militares, temos em torno de 1 milhão no Brasil. Vai tirar esse pessoal da política?”, questionou Bolsonaro.

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