O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (7/9), que se reunirá com Conselho da República na quarta (8/9). Declaração foi dada durante discurso para manifestantes pró-governo que se reúnem na Esplanada neste 7 de Setembro. “Amanhã estarei no Conselho da República, juntamente com ministros, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, com essa fotografia de vocês mostrar para onde nós todos devemos ir", afirmou.
O Conselho da República tem como responsabilidade assessorar o presidente da República em momentos de crise. Cabe a ele, por exemplo, se pronunciar sobre intervenções federais, como o estado de sítio.
A reunião, porém, não foi confirmada pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O conselho é formado por 14 membros, sendo eles: o vice-presidente da República, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal, o líder da Maioria na Câmara dos Deputado, o líder da Minoria na Câmara, o Líder da Maioria no Senado, o Líder da Minoria no Senado, o ministro da Justiças, seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
Reação
Em resposta às declarações do presidente, o senador Randolfe Rogrigues (Rede/AP) foi ao Twitter informar que negocia com os líderes partidários a indicação dos nomes pela Casa. A ideia é que ele vá, junto com Omar Aziz (PSD/AM), à reunião do Conselho da República.
"Adianto ao Presidente que já estamos prontos para tomar seu depoimento. O Senhor quer estar na condição de testemunha ou investigado", acrescentou.
Atos
Durante a manifestação, Bolsonaro também deu um ultimato ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Ou o chefe desse Poder enquadra o seu (ministro) ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos", afirmou Bolsonaro.