7 de setembro

Mandetta sobre atos: 'Fique em casa. Tudo que Bolsonaro quer é um ferido'

Ex-ministro da Saúde afirmou que Bolsonaro quer um ferido para justificar uma 'escalada autoritária'

O ex-ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, pediu para que a oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evite ir até as manifestações que vão ocorrer no dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil.

De acordo com Mandetta, “tudo que Bolsonaro quer é que alguém saia ferido”, isso para justificar uma escalada autoritária.

“Se você quer protestar contra Bolsonaro, como eu vou, vá às ruas em outra data. Não seja instrumento de políticos que semeiam o caos. Você merece mais”, afirmou.

 

O político Ciro Gomes (PDT) também fez o mesmo pedido. De acordo com Ciro, Bolsonaro quer “produzir um cadáver” para criar um ambiente de caos. Ele citou uma minoria de “policiais celerados e bandidos” que “podem matar uma senhora, ou uma criança, para criar um ambiente de caos instituicional”.

Para Ciro, Bolsonaro quer mudar a lógica para poder se defender, já que ele “deve perder para qualquer um de nós”.

“Pelo amor de Deus, se você for Bolsonaro, vá pro seu protesto, mas vá com cuidado, se proteja, não seja bobo, não deixe sua família se expor no momento que esses políticos estão jogando com seu destino, com sua vida”, afirmou.

O dia 7

As manifestações do 7 de Setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.

Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações ampliaram as tensões entre Bolsonaro e o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, também ministro do STF.

Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.

Após diversos xingamentos do presidente direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.

A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente marcham a Brasília para protestar contra a Corte, pedir o voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não seja extinta, a implantação de um regime militar.

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