A defesa de Karina Kufa, advogada de Jair Bolsonaro e amiga próxima dos filhos do presidente, se pronunciou a respeito das citações de seu nome, mais cedo, na CPI da Covid. "A convocação da Dra Karina Kufa é uma tentativa de constranger uma advogada em razão dos clientes que defende. Toda a menção que tem sido feita a ela vem acompanhada da qualificação 'advogada do Presidente".
Eles informam, ainda, que o requerimento tem o efeito de criminalizar o exercício da sua profissão e se a insistência dos senadores permanecer "será tomada as providências judiciais pelo constrangimento ilegal".
A CPI voltou a citar Karina Kufa em sessão. A pedido do relator Renan Calheiros, um áudio em que Marconny Faria se dirige à advogada, em tom de camaradagem, foi reproduzido.
O diálogo é proveniente de requerimento do senador Ciro Nogueira, feito no início da CPI, e foi enviado por Marconny alguns dias após o jantar do dia 23 de maio, na casa de Karina – o evento onde supostamente o advogado lobista, e José Santana, ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se conheceram. Fora de contexto, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), explicou, posteriormente a origem da mídia.
A convocação de Karina já foi aprovada pela comissão e, no retorno às discussões, pela parte da tarde, Randolfe fez questão de lembrar que deveriam marcar a data do seu comparecimento com urgência.
A CPI quer entender qual é a sua relação com Marconny Albernaz e José Santana, já que há evidências de que ela os apresentou. Outra frente da investigação é se houve benefício na intermediação para a advogada. Karina Kufa já declarou que "não pretende fazer grandes revelações aos senadores".