Senadores receberam, durante sessão, a informação de que o lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Faria, esperado pela CPI para depor nessa quinta-feira (2), não poderá comparecer em virtude de uma internação no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu que solicitassem a veracidade do fato.
Omar entrou em contato com o diretor do hospital, ao vivo, para pedir que comprove junto ao corpo clínico os diagnósticos das duas testemunhas. “Se um trabalhador brasileiro tiver o que o doutor Marconny teve, duvido ele conseguir 20 dias para ficar em casa com uma dor pélvica”, disse.
Pelo Twitter, Randolfe divulgou: “O médico que concedeu o atestado do Sr. Marconny Faria entrou em contato conosco e disse que foi ele que concedeu o atestado, mas que notou uma simulação por parte do paciente e que deseja cancelar o mesmo”. O senador não comentou se será por livre vontade ou se conduzido.
Ainda de acordo com o vice-presidente da comissão, o advogado estaria “claramente procurando fugir” já que a secretaria da CPI tentou falar com o Marconny, sem sucesso, e também com seu advogado. “Se ele procurar não comparecer à CPI, nós o conduziremos sob vara e já tomamos as providências nesse sentido”, Randolfe ameaçou na sessão. Ele garante que a advocacia e a Polícia Legislativa do Senado já estão cientes.
Os senadores estranharam a ausência de Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto do FIB Bank, empresa responsável por emitir uma carta-fiança à Precisa Medicamentos. Ele enviou à CPI um atestado médico de 20 dias e informou que estava internado devido a um mal-estar, também no hospital Sírio Libanês, mas em São Paulo. Por esse motivo, o lobista foi substituído por Ivanildo Gonçalves, o motoboy da VTC Log, que compareceu espontaneamente.
Como forma de comprovar as suspeitas, o senador da Rede exibiu um vídeo em que Tolentino concede entrevista para um site na noite de ontem. Na imagem ele sorri e aparenta disposição. A pedido de Omar Aziz (PSD-AM) a mídia será anexada ao pedido encaminhado à Justiça para que Tolentino deponha "sob vara". “Parece que os depoentes resolveram transformar o Sírio-Libanês em álibi. Não acredito em tanta coincidência”, ironizou Randolfe.