O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a promover o negacionismo ao dizer que vacinas não são recomendadas para quem já teve covid-19. Na tradicional live de quinta-feira (30/9), ele citou uma matéria do jornal espanhol El País que diz que infectados pela doença podem gerar anticorpos pelo resto da vida.
Ele utilizou a informação para dizer que no caso das pessoas que já tiveram o vírus, “não é recomendado” tomar a vacina, sem citar de onde veio a suposta contraindicação. Essa orientação, no entanto, vai contra tudo aquilo que os órgãos internacionais de saúde recomendam.
O presidente, então, continuou a disseminação de informações falsas e afirmou que a pressão por vacinas em um contexto onde, segundo ele, as pessoas teriam mais imunidade após ter o vírus do que com a vacina, pode ser meramente comercial.
“Quem já contraiu o vírus tem mais anticorpos do que qualquer pessoa que já tenha tomado qualquer vacina. Por que essa pressão por vacina? Será por interesse comercial?”, questionou Bolsonaro.
Ele então disse que as empresas não deveriam cobrar pela dose de reforço das vacinas. “Ora, pessoal, não é o suficiente uma ou duas doses? As empresas não diziam que era assim? Pois, se tem a terceira dose, tem que ser de graça. Não é direito do consumidor?”, questionou ele.
O presidente também tentou levantar dúvidas sobre a eficácia de vacinas, ao afirmar que diversas pessoas famosas que se vacinaram foram a óbito por covid-19 e voltou a defender o chamado tratamento precoce, que é ineficaz contra a doença.
Saiba Mais
- Política "Alô, MP da Infância e da Juventude: Bolsonaro corrompe a criançada"
- Política Anvisa responde Fakhoury: Vacinas em uso no Brasil não são experimentais
- Política Após depoimento na CPI, funcionários recebem Luciano Hang com festa
- Blogs Redirect Rejeição a Bolsonaro chega a 44,8% e a de Lula fica em 28,8%
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.