Após afirmar nesta quarta-feira (29/9) que os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foram induzidos ao erro ao divulgar que no atestado de óbito de sua mãe não constava covid-19, o empresário Luciano Hang voltou atrás e confirmou que no atestado de Regina Hang não consta a doença como causa mortis. Segundo o dono das lojas Havan, a ausência da notificação foi “um erro” do plantonista da Prevent Senior.
Antes de anunciar que a operadora havia cometido um erro, Hang afirmou que confiava na empresa e apresentou um outro documento. Vale destacar que a CPI já tinha conhecimento de uma segunda versão da declaração durante a oitiva do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batisa Júnior, na semana passada.
“Trouxeram partes do que foi dado de medicamento e trouxeram o atestado de óbito. Disseram: 'Mas então, não foi notificado'. Aqui está (mostrando o documento), na comissão de controle de infecção hospitalar. Vou deixar na mão de vocês, encaminhado, em que ela adentrou no hospital, no dia 1º de janeiro, e saiu no dia 3 de fevereiro. A entrada mostra covid. Covid! E a saída, covid. Ou seja, foi, sim, notificada a morte da minha mãe como covid”, disse Hang, balançando o documento na frente de todos. Posteriormente, o próprio admitiu que houve em equívoco da empresa.
Fake news
Além da falsificação do atestado de óbito, Luciano Hang é investigado pela CPI por disseminar fake news sobre eficácia de tratamentos com substâncias como cloroquina e ivermectina, sem eficácia comprovada contra a doença, e por levantar questionamentos sobre a efetividade das vacinas. Apesar de posts mostrarem ao contrário, o empresário afirmou que nunca foi contra vacina mesmo tem ter se vacinado.
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