O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou à imprensa que se o diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, mantiver a postura de não responder as perguntas feitas pelos senadores da comissão, ele acabará sendo o maior prejudicado. “O perdão da expressão, mas vai sobrar só pra ele”.
Segundo o senador, as investigações e as quebras de sigilo realizadas pela CPI apontam o envolvimento do diretor no contrato da Precisa com o Ministério da Saúde. As informações apontam que Trento desembolsou R$ 75 mil em joias e relógios em compra realizada em Curitiba. Randolfe sugeriu que um dos presenteados pelo depoente, seria o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PI).
“Com as transferências que temos, com compra de relógio Rolex através da empresa dele em Curitiba em datas similares do contrato (com o Ministério da Saúde). Quem ia receber R$ 75 mil em jóias ou em relógios? Para qual pulso vai esse relógio? É essa pergunta. Minha suspeita é o pulso de alguém que articulou o contrato da Precisa, mas não me parece ser à toa esse relógio ter sido comprado em uma joalheria na cidade de Curitiba, me parece que foi para algum pulso que articulou esse contrato e que está em investigação na CPI. Um dos pulsos suspeitos, que está na nossa lista, é o do Ricardo Barros”, afirmou.
Outro ponto ressaltado por Randolfe Rodrigues foram compras da Primacial, empresa de Danilo Trento, na compra de passagens aéreas. Segundo o senador, em todas as compras foram realizadas transferências “redondas”, sem números quebrados ou centavos.
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