O presidente Jair Bolsonaro criticou a proposta aprovada pela Câmara que estabelece um período de quarentena para que policiais, integrantes das Forças Armadas, guardas municipais, juízes e procuradores possam concorrer em eleições.
Essa norma foi incluída pelos deputados ao projeto de lei que institui um novo código eleitoral, na quarta-feira (15/9). Segundo a proposta, essas categorias teriam de se afastar dos cargos quatro anos antes das eleições para poder disputar o pleito. O texto ainda será votado pelo Senado. Se aprovado, entra em vigor a partir de 2026.
Ao reclamar da quarentena, em live nas redes sociais na noite desta quinta-feira (16/9), Bolsonaro citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O cara sai da cadeia e já pode vir candidato a Presidente da República. E você, militar da ativa, não pode ser candidato a vereador. Isso não tem cabimento", ponderou.
Bolsonaro pediu que os senadores não aceitem a proposta. "É um absurdo isso aqui. Espero que o Senado não aprove. Querem alijar militares de maneira geral da política? Não tem cabimento. Obviamente, se passar no Senado, acho que não passa, a gente veta. E a última palavra volta para o Congresso Nacional, se derruba ou mantém o veto. Não tem cabimento."
O presidente ainda classificou a medida como "retrocesso" e "perseguição com as classes militares". "Será que é para mim? Só de policiais militares e bombeiros militares temos em torno de 1 milhão no Brasil. Vai tirar esse pessoal da política?", questionou.
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