COVID-19

Bolsonaro e Queiroga desdenham da eficácia da vacina CoronaVac

Presidente diz que tem imunidade contra a covid-19 maior de quem se vacinou com o imunizante chinês, e ministro da Saúde comenta que vacinas de vírus inativado têm efetividade menor

Augusto Fernandes
postado em 16/09/2021 20:21 / atualizado em 16/09/2021 22:14
 (crédito: Isaac Nóbrega/PR)
(crédito: Isaac Nóbrega/PR)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a CoronaVac, vacina contra a covid-19 fabricada pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan, e sugeriu que está com uma imunidade maior contra a doença do que as pessoas que foram vacinadas com o imunizante chinês.

Em live nas redes sociais na noite desta quinta-feira (16/9), ele comentou que está com o IgG — uma imunoglobulina produzida pelo organismo com o objetivo de defender o corpo humano contra agentes infecciosos — mais positivo de quem tomou a CoronaVac.

“Eu estou com o IgG em 991. Será que peguei covid-19 de novo e não estou sabendo? E não tomei vacina. No tocante à imunização do que muita gente, na verdade, do que todo mundo que tomou CoronaVac”, afirmou Bolsonaro.

O presidente disse ainda que o fato de a CoronaVac ser utilizada de forma emergencial no Brasil e ainda não contar com o registro definitivo da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um indicativo de que o imunizante “não tem comprovação científica” de que é eficaz. “Quem tomou Coronavac, complicou.”

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou da live e reforçou o posicionamento crítico à CoronaVac. O ministro chegou disse que a vacina ajudou o Brasil no início, mas destacou que a eficácia dela já não é tão satisfatória atualmente. “Nos ajudou no começo. Mas agora os idosos vão precisar de um reforço. Já estamos fazendo isso”, ressaltou.

“Essas vacinas de vírus inativado têm efetividade menor. Claro que obtiveram registro emergencial e esperamos que levem os dados completos para a Anvisa. A vacina seguramente é eficaz e protege, pois os dados mostram de maneira clara uma redução de casos e de óbitos. Agora, a vacina não é 100% eficaz”, acrescentou Queiroga.

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