O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, citou o cantor e compositor Cazuza durante sessão, desta quarta-feira (15/9), que escuta o depoimento do suposto lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Albernaz de Faria.
“Me chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, transformam o país inteiro em um puteiro, porque assim ganha mais dinheiro”, citou Randolfe ao resumir a corrupção sistêmica no Brasil.
De acordo com o senador, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que prometia uma mudança, apenas mergulhou na corrupção e prejudicou ainda mais o país.
Ao postar o vídeo com a frase nas redes sociais, Randolfe afirmou que ouvir Marconny foi confirmar a corrupção do governo. “Estar diante do senhor Marconny hoje, foi ficar diante de uma síntese perfeita do governo Bolsonaro. Lá fora eles bradam combate à corrupção. Dentro do governo, montam vultosos esquemas para se beneficiar! Ah, Cazuza! Tu cantou essa pedra!”, escreveu.
O dia da CPI
O advogado Marconny Albernaz de Faria, suspeito de ser lobista da Precisa Medicamentos, depoe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, nesta quarta-feira (15/9).
O vice-presidente da CPI Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de convocação, ressalta que a comissão busca investigar a possível existência de um mercado interno no Ministério da Saúde que busca facilitar compras públicas e beneficiar empresas, assim como o poder de influência da empresa Precisa Medicamentos antes da negociação da vacina indiana Covaxin.
Em mensagens trocadas com Marconny obtidas pela comissão, o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Ricardo Santana, menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa de Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os parlamentares também apontam que os dois teriam conversado sobre processo de contratação de 12 milhões de testes de COVID-19 entre o Ministério da Saúde e a Precisa. Uma das mensagens trocadas aponta que “um senador” poderia ajudar a “desatar o nó” do processo.
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