Apesar de ter minimizado a gravidade da pandemia da covid-19 no início da crise sanitária e de ter dificultado o processo de aquisição de vacinas para combater a doença, o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (9/9), que o governo federal atuou desde o primeiro momento para enfrentar a enfermidade.
Em discurso na 13ª cúpula do Brics, agrupamento de países de mercado emergente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o chefe do Executivo destacou que “desde o início da emergência sanitária, meu governo vem adotando medidas consistentes de resposta à pandemia”.
“Em nenhum momento deixamos de lado a preocupação com o emprego e a renda de nossa população. Prestamos assistência financeira emergencial a um terço da nossa população”, afirmou Bolsonaro. Ele acrescentou que “essa e outras medidas, como reformas estruturais que temos realizado no Brasil, oferecem base firme para a retomada econômica”, apesar de as reformas tributária e administrativa andarem a passos lentos no Congresso Nacional.
Bolsonaro também disse que “a pandemia de covid-19 dá sinais de que perde força”, apesar de Brasil estar perto da marca de 600 mil mortos — segundo o Ministério da Saúde, 584.421 pessoas tiveram a vida interrompida pela pandemia no país.
“Com o avanço da vacinação, que no Brasil já alcança mais da metade da população com a primeira dose, e cerca de um terço com a imunização completa, em breve todas as atividades regulares serão definitivamente retomadas”, pontuou o presidente.
Mudança de tom
Bolsonaro mudou o tom sobre vacinas e disse que o Brasil continua apoiando iniciativas que levem à maior produção e distribuição de imunizantes, produtos e insumos farmacêuticos em países em desenvolvimento.
“Precisamos de decisões que permitam a rápida disponibilização de vacinas e outros tratamentos para a covid-19. A cooperação entre detentores de tecnologia e produtores nacionais, especialmente nas nações em desenvolvimento, continua sendo essencial para viabilizar o combate à pandemia”, destacou.
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