O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, afirmou em vídeo que está no México e que em breve será deportado para o Brasil.
“Em alguns momentos eu devo ser preso, não vou mais fugir. Chega”, disse em vídeo postado por ele em um grupo do Telegram.
O caminhoneiro, que teve sua prisão decretada no dia 3 de setembro, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, se tornou foragido e se escondeu no México, como afirma no vídeo publicado.
“A embaixada brasileira acabou de entrar em contato com o hotel em que eu estou. Estou indo para o Brasil preso. Preso politicamente por crime de opnião”, disse.
Pedido ao presidente
Durante a madrugada, Zé Trovão gravou inúmeros vídeos fazendo apelos ao presidente Jair Bolsonaro. “Presidente da República, se o senhor realmente quer que a gente abra as pistas e volte a trabalhar, eu tenho duas coisas para falar ao senhor. Primeiro, a minha vida está destruída. Eu estou hoje sendo perseguido politicamente, com um mandato de prisão, passando por tudo, com risco de nunca mais ver a minha família, porque eu não vou para uma cadeia, não sou bandido. Outra coisa, nós queremos que o senhor fale para o povo brasileiro isso, que o senhor peça para nós, caminhoneiros, abrir (SIC), porque aí, sim, iremos fazer vídeos pedindo para os caminhoneiros liberarem. Sem isso, presidente, eu não vou fazer”, recorre.
Além dele, outros manifestantes se pronunciaram afirmando que não iriam sair das ruas. “Nós viemos para rua não foi para brincar, não, nós vamos ficar ocupados. Presidente, nós não vamos acatar sua ordem, não, nós vamos ficar aqui, não vamos sair da rua não. Vamos fazer o pessoal da cidade entender que é assim: o agronegócio é o transporte que move esse Brasil”, informa, em vídeo, uma das pessoas acampadas em Brasília desde o último dia 5 de setembro.
A pressão do Congresso para que os protestos dos caminhoneiros acabem é grande. Bolsonaro corre o risco de que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, abra o processo de impeachment. Na última quarta-feira (8), a secretária do governo, Flávia Arruda, e o ministro da Casa Vicil, Ciro Nogueira, foram à Câmara pedir a Lira que fosse até o Palácio do Planalto ter uma conversa, pessoalmente e a portas fechadas, com Bolsonaro.
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