Após reunião da Executiva nacional, o PSDB anunciou, por unanimidade, nesta quarta-feira (8/9), oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro e o início da discussão sobre a prática de eventuais crimes de responsabilidade cometidos pelo chefe do Executivo. Nas manifestações ocorridas ontem, o presidente fez discurso em tom golpista, atacou o STF e teceu falas antidemocráticas.
"O PSDB repudia as atitudes antidemocráticas e irresponsáveis adotadas pelo presidente da República em manifestações pelo Dia da Independência. Ao mesmo tempo, conclama as forças de centro para que se unam numa postura de oposição a este projeto autoritário de poder e para evitar a volta do modelo político econômico petista também responsável pela profunda crise que enfrentamos", apontou.
A sigla destacou que, em detrimento de arroubos, aguarda de Bolsonaro soluções para os problemas econômicos e sociais do país como a inflação, a crise hídrica e o desemprego.
"O PSDB também se alinha à indignação de todos aqueles que têm na democracia, na defesa das instituições e no respeito à liberdade o seu maior compromisso. Os brasileiros esperam de seu governante soluções para a pandemia, para o desemprego, para a inflação crescente, para a crise hídrica, para desigualdade, e para o descalabro fiscal".
Com a participação da Executiva e das bancadas na Câmara e Senado, o PSDB relatou que "iniciou hoje o processo interno de discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro".
Os tucanos destacaram que "basta de insensatez". "Os brasileiros esperam de seu governante soluções para a pandemia, que beira 600 mil mortos; para o desemprego, que vitima 14 milhões de pessoas; para a inflação, que beira os dois dígitos; para a paralisia econômica; para a desigualdade; para a crise hídrica e para o descalabro fiscal. Um presidente que saiba enfrentar a desestruturação social e econômica ao invés de buscar enfrentar a própria lei".
Por fim, o PSDB relatou que a democracia brasileira permitiu que milhares fossem às ruas no dia de ontem defender suas ideias, mas que defendem também "os milhões que ficaram em casa e querem um Brasil que possa superar a crise", concluiu em nota.
Ainda ontem, após as declarações em atos pelo país, o governador João Doria (PSDB-SP), opositor político do presidente, se manifestou favorável, pela primeira vez, pelo pedido de impedimento.
Segundo Doria, "Bolsonaro afrontou a Constituição". "Minha posição é pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, depois do que ouvi hoje (ontem) ele claramente afronta a Constituição", afirmou Doria.
"Eu até hoje nunca havia feito nenhuma manifestação pró-impeachment, me mantive na neutralidade, entendendo que até aqui os fatos deveriam ser avaliados e julgados pelo Congresso Nacional, mas depois do que assisti e ouvi hoje, em Brasília, sem sequer estar ouvindo, ele, Bolsonaro, claramente afronta a Constituição, ele desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira", completou na data.
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