ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Grupo pró-governo afirma que protocolou pedido de prisão contra Moraes

Apoiadores de Bolsonaro alegam crimes de tortura e decisões inconstitucionais. Pedido foi protocolado por Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil e pela Marcha da Família

Luana Patriolino
postado em 08/09/2021 18:31
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A. Press)

Ao som de música sertaneja e buzinaço dos caminhões, os apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, seguem acampados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Durante o ato, os representantes dos grupo anunciaram, em cima de um trio elétrico, que protocolaram um pedido de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O documento foi assinado pela Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil e pela Marcha da Família. As justificativas são crimes de tortura e decisões inconstitucionais.

Um dia após a manifestação na Esplanada dos Ministérios, o grupo de apoiadores do presidente Bolsonaro continua protestando em Brasília. Cerca de mil pessoas se aglomeram nas proximidades do Congresso Nacional. Os manifestantes ameaçaram invadir a pista que dá acesso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e bloquearam a entrada da Esplanada.

Em cima de um trio elétrico, um representante dos apoiadores afirmou ter em mãos uma carta para entregar ao presidente Bolsonaro que pede destituição de todos ministros do STF; além da provação da PEC 103, que trata do voto impresso e auditoria das eleições. Os manifestantes também pediram o recolhimento dos passaportes dos ministros do STF e prisão cautelar deles.

Cerca de 50 caminhões estão parados na Esplanada. Dezenas de apoiadores estão acampados desde segunda-feira. Eles afirmaram que aguardam uma reunião com Bolsonaro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Em cima do trio elétrico, os manifestantes ligaram para o caminhoneiro Zé Trovão que, por meio de ligação, disse que "a guerra é muito maior do que se pode imaginar" e que "comunista não vai viver no país".

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