SUPREMO

Ataques de Bolsonaro: ministros do STF vão se pronunciar amanhã

Presidente Jair Bolsonaro atacou o Judiciário e disse que não irá mais obedecer ou respeitar as decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes

Luana Patriolino
postado em 07/09/2021 23:32 / atualizado em 07/09/2021 23:54
 (crédito: Nelson Jr./SCO/STF)
(crédito: Nelson Jr./SCO/STF)

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram com indignação às ameaças do presidente Jair Bolsonaro disparadas contra a instituição durante as manifestações de 7 de Setembro. No entanto, os magistrados pretendem se manifestar apenas nesta quarta-feira (8/9).

O presidente do tribunal, ministro Luiz Fux, deve fazer um pronunciamento no início da sessão desta quarta, para rebater o chefe do Executivo. O magistrado vai responder os ataques de Bolsonaro contra o STF e a declaração do presidente de que não irá mais obedecer ou respeitar as decisões do ministro Alexandre de Moraes.

Fux deixará claro que, caso de fato desrespeite qualquer ordem judicial do Supremo, o presidente vai incorrer em crime de responsabilidade — o que pode levar a um pedido de impeachment.

Crise

Nesta terça-feira (7/9), Jair Bolsonaro afirmou, em discurso na Avenida Paulista, durante as manifestações de 7 de Setembro, que não irá mais obedecer ou respeitar as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF. De cima de um carro de som, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão, do ministro da Defesa, Braga Netto e de Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência, Bolsonaro teceu críticas indiretas a ministros da Corte e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

“Nós não mais aceitaremos que qualquer autoridade, usando a força do poder, passe por cima da nossa Constituição. Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer ação ou qualquer sentença que venha de fora das 4 linhas da Constituição”, alegou.

Em referência a aliados presos por decisão da Corte, o chefe do Executivo disse ainda que “não se pode mais aceitar prisões políticas”.

 

 

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