O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender e exigir o voto impresso nas eleições de 2022, durante discurso realizado, na tarde desta terça-feira (7/9), na Avenida Paulista, onde ocorrem as manifestações pró-governo em São Paulo.
"Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança e não é uma pessoa do Tribunal Superior Eleitoral que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável", disse, em referência ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
Sob o discurso de defesa da democracia, Bolsonaro afirmou que as manifestações de 7 de setembro serão uma fotografia para mostrar ao Brasil e ao TSE a "vontade do povo". O presidente também acusou Barroso, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de desmonetizar páginas que criticam a postura do Tribunal acerca do voto impresso.
"(O ministro) está usando a sua caneta para desmonetizar páginas que criticam este tema de votação. Nós queremos eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública dos votos", reforçou aos manifestantes, na Paulista.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC)135/2019, conhecida como a PEC do voto impresso, foi rejeitada e arquivada pela Câmara dos Deputados, no dia 10 de agosto, por 218 deputados. O texto precisava de 308 votos de apoio para ser aprovado, mas teve apenas 229. Desde a tramitação da PEC, o presidente Bolsonaro acusa fraudes no sistema eleitoral por meio da urna eletrônica, sem apresentar provas, fazendo acusações a ministros do STF e TSE.
Eleições
As pesquisas mais recentes acerca do cenário eleitoral para o ano que vem apontam a popularidade do presidente Jair Bolsonaro cada vez mais em baixa. Esta semana, o Atlas Político mostrou que entre os dias 30 de agosto e 4 de setembro houve mais uma queda na avaliação positiva do Governo de 37% para 35%, e a rejeição atingiu 64% —há um mês, era de 63%. Outra pesquisa, do PoderData/Band, demonstra que Bolsonaro não fica na frente de ninguém no segundo turno da disputa presidencial em 2022.
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