O prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), foi alvo de mandados de busca e apreensão, nesta segunda-feira (6/9), pela Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O político foi flagrado com R$ 505 mil em espécie no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ele é suspeito de integrar rede de financiamento para atos antidemocráticos programados para 7 de Setembro.
O dinheiro foi apreendido durante uma tentativa de embarque no aeroporto de São Paulo. O montante foi detectado pelo equipamento de raio-X do local. Também conhecido como “Gringo”, o político se recusou a assinar o depoimento que prestou à PF e alegou ser analfabeto. No entanto, prefeito declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sabe ler e escrever.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, na sexta-feira (3), Alba afirmou que o valor seria utilizado em uma “oportunidade de negócios”, mas não deu mais detalhes. Ele também informou que o dinheiro faz parte de seu patrimônio e é declarado à Receita Federal.
Caso relatado na CPI
A cúpula da CPI da Covid decidiu, na última quarta-feira (1º), enviar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), informações sobre o prefeito de Cerro Grande do Sul, com o qual a Polícia Federal apreendeu R$ 505 mil na semana passada, no Aeroporto de Congonhas. Para senadores independentes e de oposição, o dinheiro seria utilizado para financiar as manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contra o STF.
O caso foi relatado na CPI pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que citou uma fonte anônima. Segundo ele, Gilmar João Alba (PSL) pretendia decolar de São Paulo para Brasília com o dinheiro e fretou um jato particular imaginando que, por isso, não seria submetido a qualquer tipo de controle.
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