A Esplanada dos Ministérios terá reforço de 5 mil policiais para evitar ataques às instituições em 7 de Setembro. As equipes deverão cuidar da preservação da ordem e na proteção de prédios, como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Legislativa também foi acionada para atuar na data.
Fontes ouvidas pelo Correio, afirmaram que, desde que os embates entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o STF aumentaram, o órgão passou a temer pela segurança. A Câmara dos Deputados e o Senado também reforçaram a guarda nas entradas e passaram a restringir o acesso à população.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) disse que o planejamento da pasta para atuação em 7 de Setembro ainda está sendo elaborado. “As forças de segurança do Distrito Federal atuarão de forma integrada, de acordo com a legislação vigente no país. Assim como em todas as manifestações desse tipo, é feito planejamento prévio, com a participação dos envolvidos, a fim de garantir a segurança dos participantes e da população em geral”, afirmou a secretaria.
Atualmente, a Polícia Militar do DF conta com um efetivo de 10,6 mil policiais. Por enquanto, o governo ainda não cogita acionar o Exército.
Tensão
A operação começou após a investigação a respeito de postagens e vídeos, publicados nas redes sociais nos últimos dias, que incitam a população a praticar atos criminosos e violentos às vésperas do feriado. Como medida de segurança, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, atendendo a um pedido da subprocuradora Lindôra Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os investigados também não podem se aproximar na Esplanada dos Ministérios até o feriado.
A Polícia Federal investiga supostas incitações de violência contra o STF, após vídeos e postagens viralizarem nas redes sociais. Políticos, cantores, empresários e blogueiros estariam envolvidos. Eles convocaram a população para protestos na Esplanada, em 7 de setembro, cobrando a saída imediata dos ministros da Corte. O cantor e ex-deputado Sérgio Reis, um dos envolvidos na polêmica, chegou a divulgar um áudio chamando para uma "paralisação geral" dos caminhoneiros no país.