A movimentação para atos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro continuam a ganhar força. Em grupos bolsonaristas, vaquinhas arrecadam fundos para a manifestação. Neste domingo (22/8), o coronel da reserva da Policia Militar de São Paulo e atual presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, divulgou um vídeo nas redes sociais em que convoca policiais militares a se unirem em apoio ao ato. De acordo com a PM, o conteúdo será avaliado pela corregedoria. Por lei, a Polícia Militar deve se manter neutra em relação a apoios partidários.
“Não podemos, nesse momento em que o país passa por essa crise, em que nós percebemos o comunismo querendo entrar de forma lenta, trabalhada ao longo dos anos, eles vêm implantando, mudando o ensino, querendo mudar o nosso país. E vejo que nós, a Polícia militar de São Paulo, a força pública, nós devemos nos unir“, afirmou.
Araújo foi indicado pelo presidente Bolsonaro para assumir a presidência da Ceagesp, uma das principais empresas estatais de abastecimento do Brasil, em outubro de 2020.
O Clube Militar, entidade formada por oficiais militares da reserva, também anunciou em seu site apoio ao movimento.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o Departamento de Inteligência da Policia Civil de São Paulo identificou uma movimentação em alguns grupos para que os integrantes levem armas no dia do ato.
Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o deputado bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ), o cantor Sérgio Reis e outros sete alvos depois que eles fizeram ameaças ao STF ao convocar para o ato de 7 de setembro.
Enquanto isso, o espaço na Avenida Paulista é disputado entre diferentes manifestantes. Nesta quinta-feira (19/8), manifestantes da esquerda protocolaram uma ação junto ao Ministério Público de São Paulo para garantir o direito ao espaço. A ação está sob análise no órgão.