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Governadores se reúnem amanhã

Até agora, 24 dos 27 confirmaram presença. Em pauta, a defesa da democracia, das instituições e a formação de um consórcio ambiental


Governadores de pelo menos 24 unidades da Federação vão se reunir, amanhã de manhã, no maior encontro de chefes de executivos estaduais desde maio de 2019. A reunião tratará da defesa da democracia e das instituições e da criação de um consórcio para buscar fundos para questões ambientais. “Vamos tratar de democracia. É para os governadores que se sentirem à vontade se manifestarem. Vão defender a democracia, vão defender o Supremo, e vão defender que o país mantenha as instituições, condenando qualquer flerte ou qualquer iniciativa autoritária no país”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na tarde de ontem.

O encontro dos governadores foi combinado no grupo de WhatsApp de que todos os governadores participam. A proposta do encontro partiu de Doria e de Wellington Dias (PT), do Piauí.

“Há sinais de que, pela proximidade do 7 de setembro, movimentos sejam promovidos por bolsonaristas, bolsominions e psicopatas que seguem o presidente Bolsonaro, para defender a ditadura e um regime autoritário no Brasil. Nós resistiremos”, disse o governador. Ele se referia às manifestações de direita convocadas para o feriado da Independência.

“Nada contra as manifestações, elas são soberanas. Teremos dia 7 e dia 12, dia 12 contra o governo, dia 7 a favor do governo. Mas que elas sejam pacíficas, que elas sejam feitas dentro dos limites que cada estado, que cada município estabeleceu, para garantir a vida e o direito à manifestação, mas sem rasgar a Constituição ou atentar contra ela ou contra a vida.”

Brasil verde

Outro ponto que será tratado tem relação com a ajuda ao meio ambiente. “Os governadores propuseram um consórcio pró-meio ambiente, que vai se chamar Brasil Verde. Os governadores que aceitarem participam e se reúnem nesse consórcio, e ele passará a ter via legal para pleitear investimentos de fundos internacionais, especialmente fundos europeus e japoneses”, comentou Doria. Ele disse que a ideia partiu do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Segundo Doria, a “Região Amazônica tinha (investimento de fundos internacionais) e perdeu, dadas as circunstâncias do governo Bolsonaro de ter abandonado os compromissos com o carbono zero e os compromissos com o encontro de Paris.”

O governador paulista não quis dizer quais são os três governadores que não confirmaram a participação no encontro de segunda-feira. “Espero que mudem de ideia”, disse Doria, que foi ao Rio para um evento das prévias do PSDB. Até o momento, 20 confirmaram que participarão de forma virtual, e quatro estarão reunidos em Brasília.