Poder

'Não é revanche'

Bolsonaro reclama de "inquérito do fim do mundo" do STF e afirma que "mundo" caiu na sua cabeça após pedir impeachment de Moraes


O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes apresentado ao Senado não é uma “revanche”. Ainda assim, Bolsonaro reclamou de estar sendo investigado pelo Supremo no que chamou de “inquérito do fim do mundo”.

“Eu fiz tudo dentro das quatro linhas da Constituição. Engraçado, quando eu entro com uma ação no Senado fundada na Constituição, o mundo cai na minha cabeça. Quando uma pessoa, com um inquérito do fim do mundo, me bota lá, ninguém fala nada. Não é revanche, cada um tem que saber o seu lugar. Só podemos viver em paz e harmonia se cada um respeitar o próximo e saber que existe um limite, que é a nossa Constituição”, afirmou Bolsonaro, em Eldorado (SP), onde visita a mãe. “Todos os incisos do artigo 5º da Constituição, cumpri todos. Não tem nenhum ato meu fora dessas quatro linhas”, completou.

Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que Bolsonaro foi multado pela terceira vez por promover aglomeração e circular sem máscaras no estado. Por causa disso, o presidente será autuado em R$ 190 mil e, se não quitar o débito, poderá ter seu nome inscrito na dívida ativa de São Paulo. “O presidente Jair Bolsonaro tomou a terceira multa e vai para a dívida ativa, porque foi a São Paulo novamente sem máscara, promoveu aglomeração sem máscaras, e lá a lei é feita para ser cumprida”, disse Doria.

Doria esteve ontem no Rio em campanha para ter seu nome escolhido nas prévias do PSDB que definirá o candidato do partido à presidência da República. A definição acontecerá em novembro. O tucano chegou à sede da ABI pouco depois das 15h. Dezenas de apoiadores e pessoas com bandeiras com seu nome e do PSDB se aglomeraram na entrada do prédio. Passistas e integrantes da bateria da escola de samba Imperatriz Leopoldinense também estavam no local para recepcionar Doria.