O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, disse que tentará finalizar parecer com os resultados da investigação até a segunda quinzena de setembro.
“Eu não sei se conseguiremos, mas vou, efetivamente, me dedicar a isso. Precisamos ouvir, ainda, 12 depoimentos e precisamos quebrar, transferir e obter informações de todos os requerimentos necessários à investigação que precisam ser aprovados”, disse o parlamentar, nesta quarta-feira (18/8).
“Nós ainda não temos um detalhamento de todos os nomes, mas nós esperamos que os próximos depoentes colaborem com as investigações existentes ou então agreguem um assunto novo à investigação", acrescentou o relator.
Relatório paralelo
Além do parecer de Calheiros, senadores governistas prometeram entregar um relatório paralelo. Vice-líder do governo no Congresso, Marcos Rogério (DEM-RO) disse que o documento é necessário porque o texto a ser elaborado pelo relator da CPI “não deve ter surpresas”, visto que Calheiros está “pré-julgando desde o começo” da comissão.
“Ele já disse o que vai fazer, do que vai acusar o governo federal e os membros do Ministério da Saúde. O relatório que será apresentado pela bancada que representa o governo será um relatório completo, que levará em consideração todos os aspectos apurados no âmbito da CPI. Ações, eventuais omissões, erros, práticas que possam ser consideradas atos ilegais estarão nesse relatório”, disse o senador.
Rogério ainda comentou que o relatório não vai deixar de fora questões que envolvam estados e municípios, ao contrário do que deve acontecer com o parecer de Calheiros. Segundo ele, todas as provas materiais presentes no âmbito da CPI que envolvam os entes federados farão parte do texto.
“Considerando o comportamento e os anúncios reiterados que ele (Calheiros) tem feito, obviamente que o relatório alternativo terá contornos diferentes, mas abordará toda a missão da CPI, que foi de investigar ações e omissões do governo federal, estados e municípios”, frisou Rogério.