O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira (18/8) a decisão do corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, de suspender o repasse da monetização de canais que propagam desinformação sobre o sistema eleitoral. O mandatário também repetiu críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, afirmando que o magistrado saiu das linhas da Constituição. Para o presidente, tanto Salomão quanto o magistrado estão fazendo uma "barbaridade". E também reclamou de ter sido incluso no inquérito das fake news.
"Não pode um ministro do Supremo, no caso o Alexandre de Moraes, ele mesmo abre o inquérito, ele investiga, ele julga e ele prende. Não tem nem a participação do Ministério Público, nada. Ele abriu agora um inquérito de fake news sobre a minha pessoa, sem ouvir o Ministério Público. Vai fazer diligência? Vai fazer uma busca e apreensão na minha casa? Vai me sancionar nas mídias sociais, por acaso? Será que ele vai chegar a esse ponto?", questionou, durante entrevista à Rádio Capital Notícia, de Cuiabá.
"Ele está fazendo barbaridade agora, juntamente com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, o senhor Salomão, que resolveu, numa canetada, desmonetizar certas páginas de pessoas que têm criticado a falta de mais transparência por ocasião do voto", acrescentou o chefe do Executivo.
Por fim, Bolsonaro disse que continua agindo dentro das "quatro linhas da Constituição" e que, no dia 7, dia da Independência do Brasil, a população nas ruas é quem dará o "norte" de como o governo vai agir.
"Nós continuamos dentro das quatro linhas. Do lado de lá já saíram das quatro linhas, em alguns momentos já saíram. A gente espera que volte para a normalidade, ninguém quer uma ruptura. Uma ruptura tem problemas internos e externos. O mundo pode levantar barreiras comerciais contra a gente, causar um caos aqui dentro. E eu tenho que agir dentro das quatro linhas apesar de alguns, como o senhor Alexandre de Moraes, como o senhor Salomão do TSE, estarem fora das quatro linhas. Agora, onde é o limite disso? Eu sou leal ao povo brasileiro. O povo vai estar na rua dia 7. Eu tenho um evento em Brasília. Não falei se vou participar ainda do evento de Brasília ou do de São Paulo, mas eu sou presidente, posso participar. O povo é que tem que nos dar o norte do que vamos fazer".
Impeachment
Ele também repetiu que apresentará ao Senado pedidos de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Porém, alegou que não vai interferir na decisão dos senadores.