"Eu tenho medo do STF"
Parlamentares dos mais variados partidos entraram em campo para buscar serenidade, seja do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, que não podem ficar ameaçando as instituições impunemente, seja do Supremo Tribunal Federal (STF), que não pode simplesmente prender todos aqueles que discordem do STF. Os bolsonaristas, da sua parte, entenderam o recado. A maioria, inclusive, tem sido mais comedida nas críticas. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou com todas as letras, em entrevista à Rede Vida, que “tem medo” do Supremo Tribunal Federal e que tem adotado um tom mais moderado nas suas falas justamente para evitar atritos com a Corte. Porém, cabe ao STF, também, ter mais equilíbrio, segundo os bolsonaristas, na hora de tratar dos seus críticos. Na escalada que o país atravessa, não haverá vencedores.
Os canadenses estão chegando
Enquanto o governo brasileiro discute voto impresso e faz desfile de blindados, o fundo de investimentos canadense Brookfield Business Partners fechou acordo para adquirir 100% da ações da Aldo Solar, uma bilionária empresa de energia solar do Paraná. Se tem uma coisa que os canadenses entendem, é de preparação para o futuro.
O pulo da reforma
Ciente de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tende a deixar de lado a reforma tributária a ser votada semana que vem na Câmara dos Deputados, os parlamentares mais comprometidos com o texto fechado para apreciação na Câmara definiram a seguinte estratégia: vão espalhar o discurso de que quem votar contra estará contra o Auxílio Brasil.
Faça as contas
A ideia dos deputados é mostrar que o projeto, e especialmente a taxação de dividendos, será fundamental para criar a fonte de recursos permanente, capaz de lastrear o valor do Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família. Ainda que a proposta seja aprovada, a tendência de Pacheco é colocar o projeto para ser anexado à reforma tributária que já está sob análise no Senado e tem como relator o senador Roberto Rocha (MA).
Por enquanto, só alianças
PSL, DEM e MDB têm conversado bastante sobre o futuro, mas, para fusão, não há acordo nem de longe. Sabe como é: Ninguém quer perder o status de presidente de partido, tampouco o direito de administrar fundo partidário e tempo de televisão.
E as Forças Armadas, hein?
A ordem entre quem sabe das coisas no meio militar é ficar longe das “maluquices”, mas garantir a institucionalidade e o respeito à Constituição. E de todos os lados.
CURTIDAS
Geraldo em movimento/ Dia desses, o ex-governador Geraldo Alckmin chamou o deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) para uma pizza. Ao chegar ao local, na rua Augusta, o parlamentar viu que se tratava de uma padaria. Comeram no balcão, uma fatia para cada um. Bem ao velho estilo do cafezinho que o ex-governador costumava tomar na padaria, quando ocupava mandatos eletivos, uma tradição que, aliás, nunca abandonou.
Desabafo/ Na conversa, o ex-governador foi direto ao se referir ao seu quase ex-partido, o PSDB: “A minha foi a sétima assinatura de criação do PSDB. Eles não podiam ter feito o que fizeram comigo”, contou Bertaiolli a amigos.
Chapa formada/ Alckmin (foto), aliás, aproveitou a comemoração do aniversário de Gilberto Kassab para posar para a foto junto com Márcio França (o terceiro da direita para a esquerda), seu vice no Palácio dos Bandeirantes. A ideia agora é repetir a dobradinha, com Paulo Skaf (à esquerda) candidato ao Senado.
Não deu Ibope/ A manifestação em favor da libertação de Roberto Jefferson não foi tão expressiva quanto calcularam seus organizadores. A ideia é marcar outra para a semana que vem, caso o ex-deputado permaneça preso.
Greve à frente/ Os servidores púbicos planejam uma paralisação para quarta-feira, a fim de tentar dar uma travada na reforma administrativa. Se não conseguirem uma adesão expressiva, perigam dar fôlego à proposta.