Após ser acusado pelo Ministério Público do Trabalho por assédio moral, discriminação e perseguição ideológica, o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, usou as redes sociais, nesta segunda-feira (30/8), para se defender. “Um preto livre causa mais espanto que a aparição de um ET."
Um preto livre causa mais espanto que a aparição de um ET. Mas com o tempo acabam se acostumando.
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) August 30, 2021
"Assédio moral é o brioco de quem me acusa!", escreveu Camargo. "Três horas para esquerdistas postarem sem risco de block se detectados. Imperdível!", ironizou.
Relatos de 16 servidores e ex-funcionários revelaram no Fantástico, da TV Globo, uma rotina de humilhação e terror psicológico na gestão de Camargo. A ação foi protocolada na sexta-feira (27).
A investigação apontou trabalhadores que o presidente classifica como "esquerdistas", promovendo um "clima de terror psicológico" dentro da instituição. Para definir quem são os "esquerdistas" da Fundação Palmares, Camargo tem o costume de monitorar as redes sociais dos trabalhadores e até mesmo associar o tipo de cabelo com aparência típica de "esquerdista".
Na ação, o MPT requer o estabelecimento de uma política de combate e prevenção ao assédio moral no âmbito da instituição, além de cobrar, no prazo de 180 dias, diagnóstico do meio ambiente psicossocial do trabalho, promovido por profissional da área de psicologia social. Pleiteia a condenação solidária da Fundação Palmares e de seu presidente por danos morais coletivos, no valor de R$ 200 mil.
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