Neste domingo (29/8), o senador Alessandro Vieira (SE), líder do Cidadania no Senado e integrante da CPI da Covid, comunicou ao partido a pré-candidatura à Presidência da República em 2022. O senador acredita que poderá ser o nome da terceira via, para o enorme contingente de eleitores que não querem votar nem em Jair Bolsonaro, nem no ex-presidente Lula.
"Considerando as pesquisas de opinião mais recentes, das quais essa XP é só um exemplo, bem como as movimentações de partidos, parlamentares e movimentos de renovação, entendo que o Cidadania está ficando para trás no processo de construção da terceira via e, consequentemente, no engajamento de quadros e possíveis candidatos nas esferas estaduais e federal. Isso terá impactos negativos para o partido e para a democracia como um todo, pois acaba fortalecendo a polarização", explica Vieira.
O senador observa que, entende ser necessário um fato novo, com potencial de mobilização que reposicione o Cidadania no cenário nacional, com evidentes impactos nos cenários locais. "É neste sentido que estou colocando meu nome à disposição do Cidadania como pré-candidato à presidência da República. Essa decisão não é expressão de um desejo particular ou sonho pessoal. Sinceramente não acredito em construções personalistas. Ao contrário, essa decisão é fruto do diálogo reiterado com diversos setores e da reflexão aprofundada sobre o momento histórico que vivemos", observa.
"Não sou representado pela permanência de Bolsonaro no poder ou pelo retorno de Lula. Sei que milhões de brasileiros têm o mesmo sentimento. Observando as pesquisas, é possível identificar imediatamente uma porção expressiva do eleitorado que não está aderindo aos nomes já postos na corrida. Parte desses eleitores apontam Sérgio Moro como candidato ideal, mesmo sem nenhuma manifestação nesse sentido do próprio Moro. Observem que o ponto de partida da pesquisa XP já apontou 25 pontos para a candidatura Moro, que veio desidratando ao longo dos meses por diversos fatores, mas permanece na casa dos 10%”, continua o senador.
Alessandro Vieira acredita que o perfil dele atende de imediato a esse eleitorado com potencial de expansão para camadas mais moderadas à esquerda e à direita, por conta do trabalho realizado como senador. "Evidente que tudo depende de uma série de fatores relevantes, vários alheios ao nosso controle, mas o primeiro deles é a disposição do partido para a empreitada. É justamente o que questiono perante a Executiva: o Cidadania está disposto e entende oportuno apresentar candidatura própria? Se sim, meu nome está à disposição para essa missão", ressalta.
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