O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta sexta-feira (27/08), um ato indígena ocorrido em frente ao Palácio do Planalto. Em protesto contra o marco temporal, por volta das 11h30, um grupo ateou fogo em um caixão preto de papelão com dizeres de "marco temporal, não", "fora garimpo", "fora grilagem", além de menções a projetos considerados retrocesso aos índios, dando origem a uma densa fumaça preta. O Corpo de Bombeiros apagou as chamas. Bolsonaro, no entanto, está fora de Brasília e desembarcou em Goiânia, onde participou do Comando de Operações Especiais.
"Este tipo de gente quer voltar ao Poder com ajuda daqueles que censuram, prendem e atacam os defensores da liberdade e da CF. No momento me encontro no Comando de Operações Especiais em Goiânia/GO", escreveu junto ao vídeo postado.
O filho do mandatário, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), também respondeu à publicação do pai. "Haverá inquérito para mais este absurdo? Depois da esquerda, com políticos e conhecidos incentivarem, fatos vistos por todos, com depredações de bens públicos e privados e nada acontecer, fica mais essa questão".
Pela segunda vez, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar o julgamento da tese que trata sobre a demarcação de terras indígenas. A Corte começou a julgar o caso ontem, mas a sessão foi suspensa e adiada para a próxima quarta-feira (1º/9).
Seis mil indígenas de mais de 170 povos protestam desde o último dia 24 em Brasília contra o marco temporal. Os grupos ocuparam a Esplanada dos Ministérios e estão acampados no local desde o final de semana. Eles também seguem em vigília em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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