CRISE

País vive maior crise hídrica dos últimos 91 anos, diz ministério

Ministério de Minas e Energia anunciou "premiação" para consumidores que reduzirem consumo de energia. Governo também estudo reajustar a bandeira vermelha

Luana Patriolino
postado em 25/08/2021 18:58 / atualizado em 25/08/2021 20:51
 (crédito: Ronaldo de Oliveira/CB)
(crédito: Ronaldo de Oliveira/CB)

O Brasil atravessa a maior crise hídrica e energética dos últimos 91 anos. O anúncio foi feito pelo Ministério de Minas e Energia (MME), nesta quarta-feira (25/8), durante entrevista coletiva. Para conter a escassez, o governo estuda um novo reajuste na tarifa da bandeira vermelha. O MME também afirmou que dará uma "premiação" para consumidores que conseguirem economizar energia elétrica.

Ao falar da bandeira vermelha, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou que não se trata de uma punição para a população. “A bandeira reflete o custo da energia. Como estamos vivendo condições excepcionais, como a nossa bandeira tem sido continuamente desfavorável e o custo aumentou. A bandeira tarifada não é uma penalização”, disse.

Apesar da gravidade, Albuquerque descartou a possibilidade de racionamento de energia. No entanto, os técnicos identificaram que os meses de julho e agosto foram os piores meses da série histórica de monitoramento. "Particularmente, nos reservatórios da região Sul que corresponde a 10% da nossa capacidade de armazenamento e nos reservatórios como um todo”, destacou o ministro.

As regras da premiação anunciada pelo secretário de Energia Elétrica do MME Christiano Vieira não foram informadas. A expectativa é que os detalhes sejam divulgados em setembro. O programa é voluntário e valerá para consumidores residenciais, rurais, industriais e empresariais. "Haverá uma premiação para os consumidores residenciais, tanto regulados, comerciais e industriais. Estamos avaliando a métrica. A ideia é premiar os consumidores que tenham um esforço em reduzir a carga, aumentando a confiança e a redução do custo de geração", declarou.

Decreto

O presidente da República, Jair Bolsonaro, editou um decreto nesta quarta-feira (25/8) determinando que órgãos da administração pública adotem medidas de economia de energia elétrica. A ação deve durar de setembro de 2021 a abril de 2022; Os órgãos deverão diminuir de 10 a 20% no consumo. Toda a economia dos órgãos deverá ser divulgada periodicamente na internet.

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