crise política

Governadores do NE condenam "atos irresponsáveis" contra o Brasil

Carta divulgada pelos nove gestores da região afirma que as instituições de cada um dos estados nordestinos "cumprirão a missão de proteger a ordem pública"

Jorge Vasconcellos
postado em 25/08/2021 17:48
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Os nove governadores do Nordeste divulgaram, nesta quarta-feira (25/8), uma carta reforçando que as instituições de cada um dos estados da região "cumprirão a missão de proteger a ordem pública e, por isso, não participarão de qualquer ação que esteja fora da Constituição". Os gestores locais afirmam ainda que não permitirão "que atos irresponsáveis tumultuem o Brasil".

A carta é divulgada no momento em que os governadores estão preocupados com a possibilidade de rebeliões e outros atos de indisciplina entre agentes das forças de segurança durante o feriado de 7 de Setembro. Para essa data estão sendo organizadas manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal (STF). Nos últimos dias, vários policiais militares expressaram apoio ao chefe do governo nas redes sociais, mesmo sendo proibidos pelo regulamento de se manifestarem politicamente.

Os governadores divulgaram a carta durante uma reunião em Natal (RN). No documento, eles conclamam "a sociedade e as instituições a uma atitude firme em defesa da legalidade e da paz". Segundo os gestores, "somente assim o Brasil terá condições de combater a inflação, o desemprego e a pobreza, que crescem nos lares das famílias da nossa Nação".

Assinam o documento os governadores do Piauí, Wellington Dias (PT); de Alagoas, Renan Filho (MDB); da Bahia, Rui Costa (PT); Ceará, Camilo Santana (PT); Maranhão, Flávio Dino (PSB); Paraíba, João Azevedo (PSB); Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); e as vice-governadoras de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), e de Sergipe, Eliane Aquino (PT). Com a maioria dos estados nordestinos administrados por partidos de oposição a Bolsonaro, o temor de distúrbios nessa região é ainda maior.

A preocupação com a segurança pública e com a preservação da democracia também levou governadores de 25 estados e do Distrito Federal a pedirem, nesta semana, reuniões com os chefes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e das Forças Armadas.

 

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