Em entrevista ao CB Poder, do Correio, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou sobre a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, batizada de PEC do voto impresso. Afirmou que o projeto é um retrocesso e uma afronta à democracia e ao TSE. Embora sete deputados federais tucanos tenham votado a favor da PEC de Bolsonaro, o paulista afirmou que o partido é oficialmente contra a medida. E lamentou o grupo divergente, sob influência do ex-governador de Minas Gerais e ex-candidato à presidência da República, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
Doria lembrou que o presidente do PSDB, o ex-deputado Bruno Araújo, se posicionou contrário à PEC. “Infelizmente, alguns outros tomaram decisões diferentes, mas vamos tomar como algo da democracia. Aécio Neves comandou a bancada dos adesistas, que votaram com o governo e Bolsonaro. Prefiro ficar com os que ficaram ao lado de Bruno Araújo e contra a PEC”, disse o tucano.
Questionado sobre a disputa interna de poder do PSDB, Doria minimizou as tensões dentro do partido, que se prepara para uma prévia para decidir quem será o candidato da legenda a concorrer à presidência da República. “Não há briga. Eu procuro me ater ao que é importante e significativo para o meu partido, para o Brasil e para o governo que exerço em São Paulo. Meu foco é a boa gestão em São Paulo, de um governo democrático, classificado como eficiente. E com a liderança do meu partido, o ex-deputado Bruno Araújo, que pensa como eu penso, temos uma visão democrática, do país, de transparência e de transformação. E nas prévias do meu partido. Temos quatro bons candidatos e bons temas”, defendeu.
O governador de São Paulo confirmou a intenção do PSDB de lançar candidato às eleições presidenciais. “Eu não tenho a procuração do Bruno Araújo. Mas tenho a informação do Bruno Araújo. A posição dele é pela defesa de um candidato, e, por isso, estamos fazendo as prévias. E no dia 21 de novembro, teremos o candidato vencedor das prévias, democráticas, com debate, entendimento, visão de cada candidato, para defender suas posições para o Brasil. A definição é pela candidatura desse que será o vitorioso, que não será a terceira via, mas a melhor via para 2022”, garantiu.
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