O presidente do Instituto Força Brasil (IFB), tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, que depõe nesta terça-feira (10/8) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, é irmão do comandante do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), o tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida. Ele foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonarro em janeiro, mas cerimônia de transmissão de cargo ocorreu em abril.
A questão foi levantada durante questionamentos do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), integrante da comissão, que pontuou o grau de parentesco. Mais cedo, após questionamerntos do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o depoente afirmou que conhece o presidente Jair Bolsonaro, e que participou de uma primeira fase da campanha presidencial de 2018.
"E eu, que tinha participado, digamos, numa primeira fase da sua campanha, o ajudando de alguma maneira, solicitei a eles se eu poderia ser incluído para cumprimentar o presidente, uma vez que nunca mais tivemos qualquer contato. E foi o que aconteceu. Se não me engano, foi no dia 8 de março de 2019, quando eles fizeram essa visita, e eu solicitei, de maneira que eu pudesse participar e cumprimentar o presidente. E que eu me lembre, foi a última ocasião que estive com ele. O presidente não é da minha relação próxima. E é isso que eu tenho que declarar", afirmou, referindo-se ao encontro retratado em uma foto mostrada na CPI.
O presidente do IFB disse que não se considera influente no governo, ao que Randolfe Rodrigues afirmou: "Muitos, talvez, parlamentares gostariam de ter a influência que o senhor tem nas agendas do governo". O senador citou que nos dias 7 de abril e 21 de janeiro, ele se reuniu com o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB); que no dia 4 de fevereiro, se reuniu com o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles; e no dia 9 de abril, se encontrou com o general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Casa Civil e atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
"O senhor tem um grau de influência neste governo que faz inveja, talvez, até a muitos parlamentares que apoiam o governo", pontuou Randolfe.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.