O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta segunda-feira (9/8) que, caso o projeto do voto impresso seja rejeitado no Congresso, "não tem mais o que fazer". Declaração foi dada a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.
"Acho que, a partir daí, não tem mais o que fazer. Está definido pelo Legislativo, pronto. Cumpra-se", disse o general.
Mourão elogiou ainda a iniciativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em ter levado a votação do projeto para o plenário da Casa. "Foi uma boa linha de ação do presidente Lira, porque aí coloca para o conjunto da Câmara de Deputados definir essa questão, né? Eu tenho dito a vocês, várias vezes, que isso é um assunto do Legislativo. Aquilo que o Legislativo decidir, nós temos que cumprir", apontou.
Ainda hoje, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que o projeto de voto impresso do governo deverá sofrer derrota na Câmara e acusou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de articular para a derrubada: “Apavorou alguns parlamentares”.
No último dia 6, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a proposta não deve ser aprovada pelo parlamento, uma vez que já deu sinais de derrota na comissão especial da Câmara dos Deputados. A PEC deverá ser votada nesta terça-feira (10).
No mesmo dia, Bolsonaro receberá um desfile de blindados e tanques de guerra na Esplanada dos Ministérios, o que é visto como uma demonstração de força do mandatário. Na ocasião, os veículos estacionarão em frente ao Palácio do Planalto, onde o mandatário e o Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, receberão convites para comparecer à Demonstração Operativa, que ocorrerá no dia 16 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa (CIF). Apesar de ocorrer todo ano, é a primeira vez em que anunciam que os tanques passarão pelo centro de Brasília.
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