O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acaba de anunciar, nesta sexta-feira (6/8), em pronunciamento, que levará para análise do plenário da Casa a PEC 135/19, que torna obrigatório o voto impresso. A proposta, rejeitada na quinta-feira (6) pela Comissão Especial da Câmara, por 23 votos a 11, está no centro da grave crise entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Judiciário.
"Pela tranquilidade nas próximas eleições, e para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023, vamos levar, sim, a questão do voto impresso para o plenário, onde todos os parlamentares eleitos legitimamente pela urna eletrônica vão decidir. E eu friso: foram eleitos pela urna eletrônica", disse o presidente da Câmara, principal aliado do governo no Congresso.
"Para quem fala que a democracia está em risco, não há nada mais livre, amplo e representativo que deixar o plenário manifestar-se. Só assim teremos uma decisão inquestionável e suprema porque o plenário é nossa alçada máxima de decisão, a expressão da democracia. E vamos deixá-lo decidir. Esta é a minha decisão", acrescentou Lira.
Bolsonaro tem dirigido ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dito que não haverá eleições em 2022 caso o Congresso não aprove a PEC do voto impresso.
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