Indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, André Mendonça, pediu exoneração do cargo para se dedicar à sabatina que enfrentará no Senado. No entanto, de acordo com fontes ligadas ao governo, o afastamento do cargo também ocorre para evitar atritos com o Legislativo e o Judiciário.
Bolsonaro está entre os investigados no inquérito das fake news que corre no Supremo. A avaliação é de que o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deve determinar diligências, como a oitiva de Bolsonaro e ações de busca, apreensão e retirada de conteúdos da internet, contra o sistema eleitoral.
O chefe do Executivo não pretende cumprir qualquer determinação de Moraes ou do STF. Caso Mendonça apoiasse esse tipo de ação, como titular da AGU, poderia ter sua indicação rejeitada no Senado por não cumprir o quesito de reputação ilibada. No lugar de Mendonça deve assumir Bruno Bianco, que atualmente está no Ministério da Previdência e Trabalho.
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