O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um documento alegando a necessidade de implantação do voto impresso. O ato ocorre em resposta à Corte, que determinou que o chefe do Executivo apresentasse provas de fraudes nas eleições, como vem alegando nas últimas semanas.
No entanto, no documento, o presidente não apresenta nenhuma prova concreta de que alguma irregularidade tenha ocorrido. Em discursos públicos e para apoiadores, o presidente afirma que Aécio Neves venceu as eleições de 2014, e não a presidente eleita na época, Dilma Rousseff.
Também diz que ocorreu fraude nas eleições de 2018, e diz que ele teria sido eleito em primeiro turno. No entanto, nunca provou as declarações. A resposta ao TSE ocorre um dia após o prazo dado pelo corregedor-geral eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão.
Em vez de dizer como teria ocorrido a irregularidade e apresentar dados, o presidente defende a impressão do voto. "O tema, como sabido, é bastante inquietante perante a sociedade brasileira e foi inclusive objeto de audiência pública no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral", diz Bolsonaro.
O chefe do Executivo alega que não está atacando a segurança das urnas. "Reitera-se, não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônica, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem", completa.
O capitão da reserva do Exército se tornou investigado em um inquérito administrativo aberto pelo TSE em razão de uma live que realizou na semana passada, transmitida ao vivo pela TV Brasil e pelas redes sociais com diversas acusações de fraude e ataques ao sistema eleitoral. No entanto, as "evidências" se resumiram a reportagens antigas e vídeos que há anos ou décadas circulam na internet com teorias sem lastro sobre eventuais irregularidades na votação.
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