As provas levantadas no inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF) poderão alimentar os processos contra o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao menos é o que acredita o corregedor-geral do TSE, ministro Luís Felipe Salomão. O magistrado enviou um ofício ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes pedindo o compartilhamento das provas. É mais um movimento do TSE na direção de proteger o sistema eleitoral do mandatário e de seus apoiadores.
A suspeita é de que as notícias falsas difundidas por correligionários do presidente teriam interferido diretamente nos resultados das campanhas eleitorais de adversários em 2018. De acordo com nota divulgada pelo TSE, os inquéritos de números 4781 e 4828 “investigam organização criminosa, de forte atuação digital, dotada de núcleo político, de produção, de publicação e de financiamento, cujas atividades teriam tido continuidade após o pleito de 2018 e se estendido durante a campanha de 2020 em diante”.
Além do inquérito recém-aberto contra Bolsonaro no tribunal, para investigar os ataques do presidente ao sistema eleitoral brasileiro e às eleições de 2022, tramitam no TSE, ainda, as ações de investigação judicial eleitoral (AIJE) 0601771-28 e 0601968-80, que também investigam, segundo o órgão, “suposto abuso de poder político e econômico durante a última campanha para a Presidência da República”.
“Conforme já havia observado meu antecessor, eminente Ministro Og Fernandes, em ofício dirigido à vossa excelência, datado de 17 de junho de 2020, os fatos sob apuração no âmbito do STF podem supostamente guardar relação com aqueles investigados nas AIJEs número 0601771-28 e 0601968-80 (...)”, afirmou o corregedor-geral do TSE no despacho. “Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar a solução das lides postas nos autos”, destacou o ministro.
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