O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar,nesta terça-feira (3/8), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso. Desta vez, foi em razão do inquérito aberto pela Corte para apurar ameaças às eleições. Durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, o chefe do governo disse que não vai se intimidar e que o magistrado "presta um desserviço à nação brasileira".
"Não aceitarei intimidações. Vou continuar exercendo meu direito de cidadão, de liberdade de expressão, de crítica, de ouvir, e atender, acima de tudo, a vontade popular", disse Bolsonaro, que tem dirigido ofensas a Barroso pelo fato de o ministro, que também é membro do Supremo Tribunal Federal (STF), ser contrário à PEC que prevê a adoção do voto impresso.
Bolsonaro também afirmou que Barroso quer impor sua vontade: "O ministro Barroso presta um desserviço à nação brasileira. Cooptando gente de dentro do Supremo, querendo trazer para si, ou dentro do TSE, como se fosse uma briga minha contra o TSE ou contra o Supremo. Não é contra o TSE nem contra o Supremo. É contra um ministro do Supremo, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral, querendo impor sua vontade".
Além de abrir uma investigação para apurar ameaças às eleições, como aquelas que vêm sendo feitas por Bolsonaro, o TSE decidiu enviar ao STF uma notícia-crime pedindo que o presidente seja incluído entre os alvos do inquérito das fake news, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
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