Por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou o envio de uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito das fake news. O chefe do Executivo é acusado de cometer crime ao colocar em dúvida a integridade e a realização das eleições, sem apresentar provas.
A representação contra Bolsonaro no TSE foi realizada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro tem realizado uma série de críticas ao sistema eleitoral e chegou a dizer que "não haverá eleição" com o atual sistema de registro da escolha dos eleitores.
“Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição. Nós mais que exigimos, podem ter certeza, juntos, porque vocês são, de fato o meu exército, o nosso exército, fazer com que a vontade popular seja expressada na contagem pública do voto. Nós temos que ter a certeza de que quem você porventura votar, o seu voto vai ser computado para aquela pessoa. As eleições últimas estão recheadas de indício fortíssimo de manipulação. Isso não pode ser admitido por mim e nem por vocês. Nós, juntos, somos a expansão da democracia no Brasil. O nosso entendimento, a minha lealdade ao povo brasileiro, o meu temor a Deus, a nossa união nos libertará da sombra do comunismo e do socialismo”, ameaçou.
As declarações foram realizadas em uma ligação por vídeo transmitida para manifestantes que se concentravam na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Posteriormente, as imagens começaram a circular na internet. O presidente alega que ocorreram fraudes nas eleições de 2018, em que ele foi eleito, e no pleito de 2014, mas não apresenta comprovação do que diz.
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