O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negou, nesta sexta-feira (30/7), que o projeto que prevê a adoção do semipresidencialismo no país seja “oportunista”. O parlamentar afirmou que a mudança poderá fazer com que os partidos de centro se tornem uma base que apoia o governo, mas “não por cargos”.
Lira falou sobre o assunto durante evento promovido pelo site Consultor Jurídico, que teve também a participação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao falar sobre o projeto que viabilizaria o apoio político sem a barganha por cargos, Lira trata de uma mudança que afetaria diretamente o Centrão, que cada vez mais assume o controle do governo do presidente Jair Bolsonaro e do qual o presidente da Câmara é um dos principais caciques.
O deputado também observou que o sistema semipresidencialista de governo não irá funcionar com o atual número de partidos representados no Congresso.
“A cláusula de barreira vai cumprir seu papel. Subindo um pouco mais o sarrafo, ela tira mais uns 8 ou 9 partidos em 2022. E nenhum deles poderá reclamar, porque tiveram tempo para se organizar”, disse o Lira.