O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentou as expectativas para a retomada dos trabalhos da Câmara após o recesso parlamentar, que chega ao fim em 31 de julho com retomada dos trabalhos em 3 de agosto. Para o deputado, a reforma no Imposto de Renda, parte do pacote da reforma tributária e a privatização dos Correios estão entre as pautas mais importantes. Comentou, ainda, sobre o fundo eleitoral que, disse, deverá ficar em torno de R$ 4 bilhões. Sobre o tema, afirmou também que cabe ao presidente vetar, e aos parlamentares, analisarem os vetos.
Sobre a ida do presidente de seu partido, o PP, o senador Ciro Nogueira, para a Casa Civil, o deputado destacou, em entrevista à GloboNews, que será um facilitador nas articulações do governo com o Senado, e que é um sinal de que Jair Bolsonaro quer melhorar a articulação com o Congresso Nacional. “O presidente Ciro Nogueira, hoje, ministro da Casa Civil, é um político com vasta experiência tanto na Câmara quanto no Senado. Tem boa articulação política. Tem determinação. Bom trânsito. Faz a boa política”.
Segundo ele, a ida de Ciro Nogueira para Casa Civil trará tanto para Congresso Nacional, quanto para o Executivo e Judiciário, articulação maior, mais conversa, e mais firmeza nas proposições que o governo tem que demonstrar unidade. “A Câmara é independente. Tem demonstrado isso, votado matérias em prol do Brasil. O Senado precisa de articulação maior, e o Ciro tem esses predicados. Presidente Ciro sabe como se comportar no que concerne ao que é importante na Casa Civil, que é a espinha dorsal do governo, quem dá diretrizes, e precisamos ter previsibilidade, tranquilidade, para que tenhamos acomodação econômica, social e política para o nosso país”, afirmou.
Prioridade na Câmara
Lira disse que há tranquilidade para votar a primeira etapa da reforma tributária, que altera o Imposto de Renda. Segundo o deputado, o assunto está amadurecido entre os líderes e só teria sido deixado para depois do recesso para que houvesse tempo de se fazer críticas construtivas ao texto, “para melhorar ambiente de negócios, imposto mais justo, baixando o imposto do setor produtivo, aumentando imposto sobre o valor especulativo”.
“Estará presente também a discussão da privatização dos Correios, a reforma política, relatada pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP). Terá sequência a reforma administrativa, e vários outros assuntos de reformas privatizações de ajustamento da nossa máquina, mais simples, mais ágil, mais moderna, para que o Brasil tenha uma precificação sem nenhum tipo de perseguição, de retirar de nenhum servidor com relação à reforma administrativa, nenhum direito adquirido”, garantiu.
Lira defendeu que o texto da administrativa vai “remodelar, modernizar, agilizar, precificar o serviço público em detrimento de não precificar o servidor público. “Já estaremos dando contribuição forte e todas as minhas combinações, conversas, acertos políticos com o presidente do Senado (Rodrigo Pacheco, DEM-RJ). O Congresso pode entregar essa pauta de reformas, até novembro, e sempre dizendo, as reformas possíveis”, argumentou.