CRISE HÍDRICA

Bolsonaro sobre crise hídrica: 'Nós não pensamos em ensacar o vento'

Mandatário ironizou fala da presidente Dilma Rousseff, que em 2015 sugeriu ser preciso criar uma tecnologia para "estocar vento". Ele também descartou a possibilidade de apagão e disse que a energia alternativa é "bem-vinda"

O presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a crise hídrica no país nesta quarta-feira (28/7). O mandatário ironizou fala da presidente Dilma Rousseff, que em 2015 sugeriu ser preciso criar uma tecnologia para “estocar vento”. Ele descartou a possibilidade de apagão e disse que a energia alternativa é "bem-vinda". O país vive uma das piores crises hídricas da histórica, com os reservatórios das hidrelétricas em situação dramática.

"As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com Bento à frente, reduziram o prazo para as inspeções para desburocratizar a questão ambiental para fazer PCHs. Tem muitos lugares do Brasil em que podem ser feitos, e a burocracia atrapalhava muito. Nós estamos hoje em dia vivendo o maior problema hidrológico da historia do Brasil. Não vai haver apagão, segundo o Ministério das Minas e Energia, mas a energia alternativa é bem-vinda. Vocês sabiam que na época de vento forte, o Nordeste é autossuficiente em energia elétrica dada à energia eólica?", disse o presidente, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Um dos bolsonaristas questionou: "Não é por causa do estoque de vento não, né?". Bolsonaro rebateu entre risos: "Não, não deu para ensacar, não. Nós não pensamos em ensacar o vento, não", completou.

Em junho, o presidente editou uma medida provisória (MP) autorizando a criação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG). O grupo de trabalho vai definir normas para amenizar a crise hídrica e energética vivida no país. Entre as medidas que podem ser tomadas está a redução de vazão de usinas hidrelétricas.

O texto prevê que o Brasil deve enfrentar até o fim deste ano a maior crise hídrica da história. As medições começaram a ocorrer a partir de 1931. De acordo com o governo federal, a previsão é de uma emergência hídrica em toda a região hidrográfica da Bacia do Rio Paraná, "que responde por mais de 50% da capacidade de armazenamento de água para geração hidrelétrica no SIN (Sistema Interligado Nacional) e abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná".

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