ELEIÇÕES DE 2014

Sem provas, Bolsonaro diz que Aécio Neves derrotou Dilma Rousseff em 2014

Presidente diz que apresentará provas de que houve fraude ao Tribunal Superior Eleitoral, mas desafiou o presidente da Corte, ministro Luiz Roberto Barroso, a provar, antes, que as urnas eletrônicas são seguras

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, sem provas, nesta quarta-feira (07/07) que o então candidato à presidência, Aécio Neves (PSDB) derrotou a eleita Dilma Rousseff (PT). A declaração ocorreu durante entrevista à Rádio Guaíba.

“Eu vou mostrar para vocês como é que foram as eleições do 2º turno de 2014. Vocês vão ter uma surpresa no tocante a isso. O nosso levantamento aqui, feito por gente que entende do assunto e esteve presente lá dentro, acompanhou toda a votação, eles garantem que sim (Aécio foi eleito). E o que eu vi, eu não sou técnico de informática, mas o que eu vi é que está comprovado, no meu entender, a fraude em 2014. O Aécio foi eleito em 2014. Não vou entrar no mérito de quem é o melhor… Mas o que as urnas apontaram dado esse levantamento feito ao TSE deu Aécio Neves em 2014", apontou.

O mandatário então atrelou confiança do sistema eleitoral ao voto impresso. "O que nós queremos com esse voto auditável é evitar a desconfiança. O próprio Lula vem falando muita coisa, que vai fazer. Isso apavora muita gente aqui dentro."

Por fim, ele reafirmou que apresentará provas de que houve fraudes nas eleições de 2014 e 2018, mas desafiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para que prove primeiro que a urna eletrônica é segura.

"Daí, falam que eu não tenho como apresentar prova de fraude. Eu vou apresentar, mas eu desafio o Barroso antes. Me apresente uma prova de que não há fraude, que o voto eletrônico é seguro. Eu pergunto: o Brasil é um país que desponta no tocante a informatização? Não. Por que o Japão, por exemplo, não adota, o voto eletrônico igual a nós? Porque a Coreia não faz o mesmo, ou os EUA? Um dos raros países que adota esse sistema é o nosso. E as coisas tem que ser aperfeiçoadas", acrescentou.

O mandatário repetiu ainda que, caso o voto impresso não seja aprovado para o próximo ano, o país poderá "enfrentar problemas", e que algum lado pode não aceitar o resultado das urnas, referindo-se a uma possível derrota do governo.

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