A servidora do ministério da saúde Regina Célia Silva Oliveira depõe na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid nesta terça-feira (6/7). Ela é apontada como a responsável pela autorização de compra da vacina indiana Covaxin, mesmo após alertas de irregularidades no contrato.
O depoimento de Regina Célia é um desdobramento da declaração dos irmãos Miranda feita na comissão no dia 25 de junho. Segundo o deputado Luís Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da saúde Luís Ricardo, Regina era a fiscal do contrato com a Bharat Biotech, empresa indiana que desenvolveu a vacina, e fazia "pressão atípica" pela liberação do imunizante Covaxin.
Assista ao vivo:
O deputado Luis Miranda relatou que levou o caso ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo Miranda, Bolsonaro teria demonstrado conhecimento das pressões em favor da Covaxin e afirmado que o responsável era o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Barros era ministro da Saúde quando Regina Célia foi nomeada, em 2018, para uma função na Secretaria de Vigilância em Saúde, onde está lotada hoje. A servidora já havia passado por outras lotações no Ministério da Saúde desde 2006.
Os pedidos pela convocação da servidora foram apresentados pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Para Humberto, ouvir Regina Célia será “fundamental para esclarecer as suspeitas de corrupção” em torno do contrato da Covaxin.