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Bolsonaro ameaça não repassar faixa presidencial em 2022

Chefe do Executivo volta a defender o voto impresso e diz que só entregará o cargo em "eleições limpas". Já o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Luis Roberto Barroso, afirma que urna eletrônica encerrou histórico de fraudes nos pleitos eleitorais do país

Sem mencionar as denúncias de corrupção na negociação de vacinas contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso, durante a transmissão semanal nas redes sociais, nesta quinta-feira (01/07). Bolsonaro afirmou que não entregará a faixa presidencial a um sucessor, em caso de suspeita de fraude.

"Eu aceito qualquer um que se eleja ano que vem, entrego a faixa presidencial numa boa, mas em eleições limpas", declarou.

O chefe do Executivo questiona a segurança e credibilidade das urnas eletrônicas, adotadas no Brasil desde 1996. “Não podemos enfrentar eleições no ano que vem com essa urna que está aí e que não é aceita em nenhum outro lugar do mundo. Com certeza a fraude (das urnas) não será apenas para presidente, mas para senadores e deputados, também”, afirmou Bolsonaro, que foi eleito por voto eletrônico como deputado federal em 2006, 2010, 2014 e para presidente em 2018.

Também nesta quinta-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, defendeu a urna eletrônica. "Dedicamos alguma energia ao longo desse semestre na tarefa de demonstrar a lisura de todas as eleições ocorridas no Brasil desde a implantação das urnas eletrônicas e que vieram para resolver um problema que maculava a democracia brasileira, que eram as fraudes eleitorais ao tempo do voto de papel", disse o ministro, durante a reunião de encerramento do semestre no Judiciário.